Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

O Pibid é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica.
 
O programa concede bolsas aos alunos de licenciatura, a fim de que eles participem de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino.
 
Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas, desde o início da sua formação acadêmica, para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas, sob orientação de docentes da licenciatura e de um professor da escola.
 

Projeto Institucional 

A Universidade do Extremo Sul Catarinense é uma instituição comunitária que completa, em 2013, 45 anos de fundação. Dentre os mais de 40 cursos existentes, 10 são de licenciatura, todos presenciais, dos quais dois oferecidos pelo PARFOR. 
 
O intento desta proposta é trabalhar com escolas municipais e estaduais, tanto com aquelas que apresentam Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) baixo, quanto com as que mantêm projetos de ensino de excelência. 
 
As redes possuem Ideb semelhantes: as escolas estaduais têm 5,7 como nota e as municipais 5,6. São notas semelhantes ao Ideb estadual, mas, ainda assim, maiores que a avaliação nacional. Frente a esta realidade é que o projeto em questão pretende atuar, procurando perceber as inconsistências/deficiências e as qualidades da educação básica da região sul catarinense.
 
“Ensino Superior e Educação Básica: possibilidades da intertextualidade na formação docente inicial e continuada” é como se intitula esta proposta para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (doravante Pibid). 
 
O principal objetivo é promover com qualidade um ambiente de formação inicial e continuada da atividade docente na educação básica. 
 
Elegeu-se o conceito de “intertextualidade”, ressignificando-o, sobretudo numa perspectiva dialógica, com vistas a ampliar as redes de interação entre o Ensino Superior, por meio dos oito cursos de licenciatura participantes desta proposta, e a Educação Básica, especificamente as escolas parceiras anteriormente citadas. 
     
O termo também sugere uma possibilidade de integração entre as diferentes áreas participantes nas atividades a serem realizadas nos campos de atuação.
 
Um trabalho efetivo com a língua portuguesa (leitura, escrita e fala) é parte importante do Pibid/Unesc, já que se trata de desenvolver as habilidades comunicativas do licenciando como futuro professor numa ação efetiva de reflexão e de inserção ativa na sociedade da qual os discentes fazem parte. 
 
O trabalho com a leitura deve ser capaz de propiciar ao leitor múltiplas ações de conhecimento e de reconhecimento de mundo, de forma a acionar sua formação ideológica e discursiva, construída a partir do meio letrado do qual participa. 
 
À medida que o licenciando interage com o que lê, ativa também as suas habilidades de produção textual, tornando-se co-partícipe da construção de sentidos desencadeados por meio de aspectos linguístico-discursivos, visto que precisa aliar as suas leituras às atividades executadas com os alunos do ensino básico. 
 
O compromisso com a socialização dos impactos e resultados do Pibid faz parte desta proposta por se entender que é de responsabilidade dos bolsistas dar um retorno à sociedade de seus avanços como professores em formação. Por isso, esta ação se dará em três momentos distintos.
 
De forma primeira, serão criados espaços para socialização e divulgação dos resultados parciais e finais dos subprojetos desenvolvidos. 
 
Um segundo ponto importante é a participação do programa em eventos externos organizados pela CAPES, como o Seminário Nacional do Pibid, ou por órgãos públicos e privados. O terceiro momento de socialização diz respeito à produção científica. 
 
O objetivo que entrelaça os subprojetos (fortalecer a formação inicial dos acadêmicos e contribuir para a reflexão crítica sobre as práticas dos professores das escolas envolvidas) aponta para um pensar coletivo e interdisciplinar acerca da formação individual, trazendo para o centro da discussão um conceito renovado de ‘intertextualidade’, do qual se depreende orientação dialógica. 
Para isso, entende-se que por trás de cada ação desenvolvida está o interesse de se formar um docente crítico-reflexivo, que pensa a prática a partir da experiência vivenciada nos ambientes escolares e das reflexões socializadas nos encontros na universidade. 
 

Projeto Interdisciplinar

Área de licenciatura envolvida: História, Letras e Pedagogia.
Nível(is) e a(s) modalidade(s) de ensino envolvidos na proposta: Ensino Fundamental (6º e 7º anos) e Ensino Médio (1º ano).
 
ESTUDO E ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Ação 1: Reuniões de planejamento da coordenação, dos supervisores e dos bolsistas de iniciação à docência. O intento é o de organizar as atividades a serem desenvolvidas, bem como pensar a prática pedagógica numa perspectiva de ação social e permanente na formação do indivíduo crítico-reflexivo e emancipado para a vivência e convivência na sociedade da qual faz parte, reiterando a importância do trabalho interdisciplinar na docência. 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR
Ação 2: Leitura do Projeto Político das Escolas nas quais serão desenvolvidas as atividades. Entende-se que antes de qualquer trabalho pedagógico a ser empreendido numa unidade escolar, é preciso que se conheça o projeto desta unidade, bem como se promova um espaço de reflexão acerca de seus propósitos. Assim, é possível uma intervenção compromissada com aquilo que já é definido pela escola, respeitando a trajetória existente.
 
PRÁTICAS DE LEITURA EM DIFERENTES GÊNEROS
Ação 3: Promoção de práticas de leitura na escola de variados gêneros discursivos. O indivíduo se torna atuante na sociedade quando consegue se comunicar, a partir dela consegue agir e nela consegue interferir, de forma coerente com seus propósitos e o crescimento da sua comunidade. Na medida em que os alunos se sentem ativamente partícipes da realidade social da qual fazem parte, principalmente por conta de seu domínio da linguagem, buscam uma melhora também na sua formação como cidadãos.
 
PRÁTICAS DE LINGUAGEM EM DIFERENTES CONTEXTOS
Ação 4: Escritura de diferentes textos, com vista às práticas de linguagem, pensando num indivíduo socialmente ativo, capaz de atuar nos diferentes contextos, apresentando domínio e segurança com relação ao uso das linguagens de caráter público e privado. O processo de comunicação não é estanque nem está distante das práticas sociais, pelo contrário, só vem a corroborar para a efetivação de exercícios cidadãos coerentes com os propósitos de crescimento e evolução dos grupos.
 
LEITURA EM CONTEXTOS HISTÓRICOS
Ação 6: Leituras e análise de textos históricos. É preciso que os alunos compreendam como se deu a construção do espaço por eles ocupado, numa perspectiva de contexto histórico-cultural, visto que não é possível pensar sobre a realidade de hoje sem considerar as práticas anteriores. Observe-se uma proposta de leituras de documentos oficiais, além de outros textos de mesma intencionalidade, em que se propõe uma intertextualidade com as práticas de linguagem já mencionadas.
 
PRODUÇÕES TEXTUAIS COM VISTAS A DIFERENTES ÁREAS DE USO DA LINGUAGEM
Ação 7: Produção de textos das áreas participantes do projeto.  Pretende-se que os alunos adquiram uma visão interdisciplinar de que a história é parte atuante do mundo presente, cujos olhares devem ser de observadores das mais variadas artes existentes, fazendo-se uso dos mais diversos gêneros discursivos para que a comunicação aconteça de forma a ser um momento de reflexão, de ação – pensar sobre e agir – e de proposição à emancipação do indivíduo – participante ativo da sociedade.
 
COMPETÊNCIAS LEITORAS: UMA PRÁTICA EM DIFERENTES SITUAÇÕES DE USO
Ação 8: Promoção de atividades de leitura em variados discursos, para o desenvolvimento de competências leitoras acerca do direito de acesso a práticas de letramento, em parceria com o Obeduc/Unesc, cujo objetivo é fortalecer o diálogo entre comunidade acadêmica, gestores das políticas de educação e envolvidos neste processo. Esta ação é relevante para os licenciandos, pois fomenta a prática de leitura em diferentes contextos, porque poderão atuar em variadas situações de letramento na comunidade.
 
AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS: MEDIAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
Ação 9: Realização de seminário de avaliação - coordenador, supervisores, acadêmicos -, para análise das atividades realizadas com os alunos de ensino básico, cujo propósito é o de verificar se a mediação entre teoria e prática está contribuindo para a relevante formação dos acadêmicos – futuros professores – das áreas envolvidas, a fim de que, a posteriori, possam refletir ainda mais sobre suas ações em produções científicas, como forma de contribuir para o aprimoramento das questões do magistério.
 
DIVULGAÇÃO DOS TRABALHOS: UM OLHAR PARA A PRÁTICA
Ação 10: Divulgação de atividades por parte dos acadêmicos e dos alunos. Pretende-se trabalhar com a criação de blogs, Seminários, bem como participação em eventos da própria universidade – como Semana de Ciência e Tecnologia -, haja vista ser fundamental a inserção do projeto na vida da comunidade, procurando instituir a ideia de que não se trata de uma atividade desvinculada do mundo real, distante das práticas sociais. É preciso que os licenciandos se sintam partícipes desta cultura de magistério.
 
PRODUÇÃO DOS RESULTADOS: UM EXERCÍCIO CIENTÍFICO
Ação 11: Produção de relatórios quinzenais por parte dos acadêmicos, supervisores e coordenadores  envolvidos no processo de execução do projeto, por se entender como prática de registro e de avaliação, de certa forma, das atividades e dos resultados dessas atividades. Esses relatos serão utilizados como exemplificação na elaboração de artigos científicos e outros textos para publicação.

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Nossos usuários

Este site é destinado a alunos de licenciatura, bolsistas do Pibid, visto que contêm informações, as quais poderão servir como inspiração para futuros projetos designados à educação.